A Biodisponibilidade do Carbono Orgânico na Agricultura

Seja o produto orgânico ou organomineral, para solo ou via foliar, tem-se falado muito sobre os produtos que garantem Carbono Orgânico em sua composição.
É importante ressaltar que o elemento Carbono está sempre associado a alguma molécula. Ele pode estar presente na composição dos aminoácidos, carboidratos, nos fitormônios, nas substâncias húmicas, na lignina e nos mais variados compostos.
Por isso, independentemente da quantidade de Carbono Orgânico que um produto contém, o mais importante é ficar atento quanto à sua origem, atividade e biodisponibilidade sobre a planta e/ou solo.

O Carbono estará sempre presente na forma de algum composto e temos que entender como este atua na planta ou no solo.
A bioestabilização da matéria orgânica tem alta concentração de carbono (cerca de 58%), que em grande parte, está presente nas substâncias húmicas.
A humina, por exemplo, é altamente estável, mas é insolúvel e, embora represente a fração mais significativa como reserva de carbono orgânico nestes solos, possui apenas ação estrutural.
Isso quer dizer que uma matéria orgânica pode ter alta concentração de carbono na forma de humina e não ter, de fato, ação sobre as plantas, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com os ácidos fúlvicos, que são moléculas pequenas e altamente solúveis, e podem facilmente serem absorvidas pelas raízes, com ação na fisiologia da planta.

É fato que todas as plantas necessitam de uma fonte de carbono.
Isso é tipicamente obtido a partir da fotossíntese, com a absorção do CO2 atmosférico, gerando carboidratos e outros compostos necessários para a sobrevivência dos indivíduos.
A aplicação por via foliar de: aminoácidos, extrato de algas, melaço e outros fertilizantes organominerais, tem como objetivo obter a ação desses elementos no interior das plantas.
Ao aplicarmos esses elementos, eles carregam consigo, em sua estrutura, o carbono, que pode ter a biodisponibilidade de acordo com a necessidade da planta.

Os aminoácidos apresentam ação fisiológica, hormonal e estrutural. O extrato de algas, tem ação hormonal e atua como um regulador antiestresse.
Já o melaço é composto por carboidratos (açúcares) e, por isso, não tem ação fisiológica, é fonte energética de rápida assimilação.
É importante destacar que a planta, ao absorver um aminoácido, realizará a proteossíntese, formando as proteínas necessárias para sua estruturação e defesa.
Sendo assim, o carbono absorvido através dos aminoácidos, permanece de forma “protegida” nas proteínas, podendo ser requisitado conforme a necessidade.

Já o melaço, por apresentar carboidratos de rápida assimilação, embora apresente alto teor de carbono em sua molécula, não a mantém estável por muito tempo.
Esses carboidratos são consumidos rapidamente pela planta para a geração de energia, onde o carbono é liberado na forma de CO2 na respiração, não ficando ativo na planta.

A maioria dos técnicos agrícolas consideram o teor de carbono orgânico de um fertilizante como referência de qualidade do produto, no entanto, esta interpretação pode levar a uma má compreensão do produto analisado.
O mais importante é saber qual é a fonte desse carbono orgânico.
Devemos analisar mais a fundo, pesquisar de que é feito o produto, para então sabermos se possui ou não atividade biológica sobre a planta ou o solo.

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